Na semana passada, uma aprovação e uma rejeição de apps na App Store me fizeram lembrar da famosa frase shakespeariana “Há algo de podre no reino da Dinamarca”. O reino aqui é o modelo de distribuição de software um bilhão de vezes bem sucedido que a Apple criou para fazer parte do ecossistema do iPhone OS como a iTunes Store já era para os iPods com click wheel.
A aprovação em questão foi a do app de strip-tease softcore Peekababe (US$1, na App Store), que parece piorar a mesma história do Crude… digo, PrudeBox (US$1, na App Store), que foi aprovado depois de mudar sua interface, mas quase nada do conteúdo. A rejeição inicial do Peekababe foi por um motivo óbvio, ainda que injustificado: ele contém imagens de moças que, ao virar/tocar o aparelho, perdem as roupas automagicamente, ficando apenas em trajes íntimos — e as fotos podem ser salvas na galeria do aparelho, inclusive. Veja só, que inócuo:
Nada de mais (TV aberta brasileira, alguém?), porém até que um tanto coerente com o perfil da App Store… mas por que o mesmo app, com as mesmas moças em trajes sumários, foi aprovado e está no ar agora? Só porque o desenvolvedor colocou uma classificação de “inapropriado para menores de 12 anos”? Poupai-me a suspensão de descrença. :-/
Então como se explica o mesmíssimo conteúdo já estar presente na versão atual do nin:access (gratuito,na App Store)? E por que o álbum em questão está à venda na iTunes Music Store? NADA faz sentido — com muita boa vontade, eu posso fazer de conta que acredito que os avaliadores só perceberam a presença do Downward no app agora, na atualização.
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